Vencer pelo cansaço descanso. Vocês lembram a última vez que sentiram tédio? Eu honestamente não me lembrava, até saboreá-lo nessas férias por dias a fio. Muito tem se falado sobre a dificuldade coletiva de se desconectar no mundo virtual e das obrigações cotidianas e verdadeiramente descansar; o que posso dizer é que o tédio, à primeira vista, traz um certo incômodo e apatia, mas experienciá-lo é fundamental. Me dei conta que o descanso efetivo mora em algumas ruas depois do tédio. A hiperconectividade e a fissura pela produtividade são como desvios sedutores que bloqueiam a mente de adentrar o quarteirão do tédio, mas essa é uma rota importante demais pra gente deixar de circular. É evidente que esse descanso verdadeiro não está disponível para a maior parte das pessoas e que muitas vezes acumulamos problemas que impedem o descanso pleno, mas em alguns casos é preciso lembrar e permitir-se estar em pausa e insistir em estar nesse estado, já que o mundo e as demandas externas nunca param.
O funcionamento da astrologia está muito ligado à compreensão da ciclicidade do tempo, como já escrevi tantas vezes por aqui, mas há algo a mais dentro desse fundamento: a noção de alternância de ritmo. Nada está parado no universo, tudo se move; esse movimento não é aleatório, mas possui cadência. Na astrologia, o ritmo se expressa na fase da Lua, nos trânsitos planetários que variam em velocidade e sentido aparente (os planetas em movimento direto ou retrógrado), na passagem do Sol pelas quatro estações e nos ciclos de cada corpo celeste. O nosso corpo tem ritmo: o coração que bate e bombeia sangue, o fluxo hormonal variável, os movimentos da digestão dos alimentos, o caminhar característico de cada indivíduo. A vida pede ritmo. Talvez seja por isso que uma rotina engessada drene a energia e adoeça o corpo: sem variedade de movimento, enfraquecemos o pulso do tempo. Para haver êxtase, é preciso que haja tédio. A música e a dança são criações espontâneas presentes em todas as culturas e povos em diferentes cantos do mundo também a manifestação mais evidente do nosso desejo e necessidade de ritmo: cantar e dançar, no fim das contas, são atividades que exprimem a nossa pura vontade de celebrar a experiência de estar vivo. Pensar que os seres humanos que habitavam as cavernas e saíam pra caçar também tinham sessões coletivas de dança é algo que me faz sorrir. Enfim, o convite que faço a vocês tem a ver com observar a presença (ou não) do ritmo no seu cotidiano, se há espaço para o improviso, para a mudança de cadência, para a variação de compasso. Permitir o corpo expressar o balanço que lhe é confortável, nem que seja por alguns momentos. A vida não cabe numa nota só.
(No mais, VOLTEI! Quem sentiu falta das nossas edições semanais? Eu senti bastante, juro. E voltei já trouxe mudanças: gostaram do não-tão-novo visual da edição? Fiquei com vontade de trazer mais leveza na escolha das fontes, cores e grafismos pra tornar a leitura mais agradável. Além disso, deixei o anglicismo da palavra newsletter de lado e assumo a partir daqui o nome de boletim astrológico semanal, afinal, é exatamente o que eu faço por aqui.)
notas astrológicas
sobre Júpiter em Peixes
O oceano separou-me de mim
enquanto me fui esquecendo nos séculos
e eis-me presente
reunindo em mim o espaço
condensando o tempo.Na minha história
existe o paradoxo do homem disperso— trecho de Confiança, poema de Agostinho Neto (belamente musicado por Mateus Aleluia)
Escrever sobre Júpiter em Peixes me parece um contrassenso por si só — as palavras são instrumentos de Mercúrio, um planeta que articula por meio da razão e da lógica; não é por acaso que Mercúrio rege os signos de Gêmeos e Virgem, onde a mensagem enviada tem endereço para chegar, onde o manuseio e organização são medidos e avaliados com prontidão e objetividade. E é em Gêmeos e Virgem que Júpiter tem seu exílio, pois são territórios de demasiada minúncia e definição, que não propiciam afinidade com um planeta que rege as grandezas e subjetividades da vida. Júpiter versa sobre o indizível: as experiências visuais, espirituais ou corpóreas que vivemos que não cabem bem nas palavras, sabe? O que não se explica, mas que nos afeta profundamente; um tipo de conexão que não atravessa a racionalidade.
Júpiter é um planeta tradicionalmente associado à boa sorte, prosperidade, conhecimento e justiça; é benéfico como Vênus, mas suas benesses são proferidas de forma mais coletiva do que individual, daí se entende porque ele também trata das experiências espirituais, já que essas comumente nos conectam a algo maior do que nós mesmos. Júpiter em Peixes — o signo do cardume, da comunhão e da devoção — também vai significar o êxtase, o deslumbramento, a fé.
Como anda a sorte e a esperança de vocês? A chegada de Júpiter em Peixes nos últimos dias de dezembro me passou quase despercebida; durante as férias, no entanto, consegui perceber uma maré de sorte inesperada — às vezes não diretamente e endereçada a mim, mas como uma contenção de danos, que é como Júpiter contrapõe Saturno.
Na noite do dia 13 de janeiro, uma quinta-feira e dia do Nosso Senhor do Bonfim, vivi algumas horas de uma experiência digna de Júpiter em Peixes: um show-oração de Mateus Aleluia, com participação especial do Maestro Ubiratan Marques. Ao acorde da primeira música, minha atenção foi capturada; não consegui nem finalizar a única lata de cerveja que abri antes do espetáculo começar. Senti os olhos pesados, numa espécie de sono lúcido entorpecido. O som das ondas do mar no Rio Vermelho quebravam ao fundo, logo atrás de nós. O clima do ambiente parecia de uma suspensão, a sensação do corpo leve como uma pluma, ainda que no ápice do verão em Salvador. Emudecimento — durante o espetáculo, embasbacada, tentei escrever notas que tentassem expressar o que eu vivia, e só saíam palavras vagos. Não consegui abrir a boca para falar qualquer coisa com quem estava lá comigo. A vista logo ficou úmida e difusa, mirando o rosto do Mateus entoando suas canções e as de Caymmi com sua voz doce, grave e profunda. Uma entidade encarnada. É impossível, de fato, narrar fielmente um arrebatamento. Eu, que me considero uma pessoa bastante racional, demorei várias horas para me recompor a um estado mais cotidiano e pragmático e compreender o que se passou: a sensação de estar no colo do mundo. Lavar a alma. Há eventos relativamente simples que a gente vive que tocam o sagrado de que o mundo também é feito. Ouvir o Mateus cantar essa noite — o próprio Júpiter em Peixes, naquela ocasião — foi uma dessas.
Há alguns sentimentos, como o êxtase, que formam um elo inquebrável entre vício e virtude. Você não precisa acreditar em uma revelação para se apegar a ela, para se lembrar de certos viadutos, ângulos repentinos abaixo e acima das frias curvas sem coração daquela paisagem industrial, um lento rio de luzes longínquas piscando em branco e vermelho, e o céu corrompido brilhando sobre as casas, hospitais e megaigrejas, e seu sangue tamborilando com as drogas ou a música, ou a santidade. Pode parecer uma miragem da totalidade: os 25 mil quilômetros quadrados ao seu redor repletos de milhões de pessoas que fazem as mesmas coisas, dirigem sob os mesmos efeitos, guardam os mesmos domingos, com a música que soa como sua religião. 'Nossa vida é impossibilidade, é absurdo', escreveu Simone Weil. 'Tudo o que queremos contradiz as condições ou consequências associadas a isso. [...] Isso acontece porque somos uma contradição – sendo criaturas –, sendo Deus, e infinitamente diferentes de Deus. — trecho de "Êxtase", ensaio parte do livro Falso Espelho: Reflexões sobre a autoilusão, de Jia Tolentino (grifos meus)
Inspirada nas experiências desse verão e especialmente por Caymmi e Mateus Aleluia, comecei uma playlist para Júpiter em Peixes. Tal qual todas as playlist que eu criei, essa está eternamente em construção e aberta a sugestões — caso você tenha alguma, pode enviar respondendo esse e-mail ou usando os comentários do post dessa edição lá no Instagram.
Como será a experiência ouvir essa sequência de músicas tão incomum no cotidiano ainda me é um mistério, então fiquem à vontade para me contar como foi pra vocês. Essa playlist é uma oferta para cultivar algum tempo e espaço de sensibilização e conexão à grandeza jupiteriana, à fé que nos cabe. (Aliás, as quintas-feiras são de Júpiter, então fica também a dica do dia da semana em que essa escuta pode ter mais abertura e potência sensível.)
lunação de aquário
1º de fevereiro a 1º de março
Vem aí a penúltima lunação do ano astrológico: nos encaminhamos para o fim de um grande ciclo iniciado em 20 de março do ano passado. A Lunação de Aquário se inicia com a Lua Nova na madrugada de 1º de fevereiro, entrecortada para uma Lua Cheia no dia 16, e finalizada no dia 1º de março. Vamos observar hoje brevemente o mapa da Lua Nova dessa terça-feira, que dá o tom geral do ciclo e também dessa primeira quinzena.
O encontro de Sol e Lua se dá na casa 3, acompanhados bem de de perto por um Saturno em Aquário. Há uma construção de tensão ao longo desse ciclo na esfera de assuntos judiciais; de fato, a próxima lunação (de Peixes) acenderá de forma mais contundente o tema da justiça, então é como se essa, de Aquário, fosse uma preparação de terreno nesse âmbito. Esse tema envolve juízes e outras figuras de autoridade (temos Sol e Saturno aí envolvidos). Bolsonaro voltou recentemente a alfinetar membros do Judiciário e na sexta (28/01) descumpriu uma ordem judicial de Alexandre de Moraes. Os atritos entre poderes estão de volta.
O tema da justiça não me parece ser o principal da lunação, mas sim a retomada de investigações e assuntos que já correm ou que já vieram à tona no cenário atual — Aquário é signo de natureza fixa, o que indica que não é totalmente novidade que pinta aí, mas sim temas pendentes. Muito dessa disputa de forças e contrapesos pode ser pouco visível a nossos olhos, coisas que ocorrem na surdina, por baixo dos panos, devido também à natureza desse signo. Na prática, teremos pistas de movimentações importantes no poder público, mas exposição e maior definição de cenário, só com a chegada da Lua Cheia no dia 16 de fevereiro.
Essa é uma lunação de forte pressão e vigilância midiática, olhos atentos às notícias e uma forte pressão sobre veículos e tecnologias de comunicação, que podem até sofrer alguma sobrecarga ou paralisia momentânea. Outras questões centrais desse ciclo tratam de economia, orçamentos e gastos públicos, assuntos que dominaram as manchetes dos últimos dias, quando o orçamento de 2022 foi finalmente sancionado. Me parece que os cortes (Marte em Capricórnio na 2) aplicados no orçamento ainda vão repercutir bastante nessa primeira quinzena de fevereiro. A atenção também se volta aos percalços financeiros atuais, também ao poder de compra e segurança alimentar da população (Lua conjunta à Saturno, regente da 2). O Poder Executivo representado aqui por Mercúrio retrógrado em Capricórnio (prestes a retomar o movimento direto) está diretamente referenciado nessas pautas, embora pareça perder algum apoio da base congressista em seus objetivos.
A boa notícia é que me parece que a vacinação infantil ganha fôlego nesse ciclo — por exemplo, ampliando nos locais em que a adesão até agora foi baixa, especialmente a partir do dia 6, quando Vênus e Marte em Capricórnio se encontram numa conjunção. (Aliás, fiquei feliz de acertar que a vacinação infantil começaria em meados de janeiro, como de fato aconteceu até uns dias antes do indicado — mas a lentidão e sabotagem do processo vindos do governo, como previsto, estão aí).
Júpiter em Peixes na casa 4 nesse mapa me parece indicar grande volume de chuvas até o dia 16 de fevereiro, causando riscos inesperados como rompimentos de estruturas e danos em moradia; felizmente, não me parecem problemas do nível de gravidade do que houve no sul da Bahia no fim de dezembro. De toda forma, as chuvas de verão no Brasil são históricas e a falta de estrutura para amenizá-los não ameniza essa previsão.
Como escrevi em dezembro sobre o Ingresso Solar em Capricórnio, esse último trimestre do ano astrológico não me parece trazer grandes rupturas ou possibilidades concretas de mudanças definitivas: a lunação de Peixes será a única com mais fatos relevantes no âmbito do poder; de resto, seguimos.
Em qual casa você tem o signo de Aquário no seu mapa natal?
As lunações são uma técnica que faz parte da Astrologia Mundana, sendo mais úteis portanto para a análise de conjuntura coletiva; a melhor forma de saber como será o seu mês ou o seu período atual ainda é fazendo uma consulta astrológica profissional (que interprete a Revolução Solar e detalhe o mês a mês usando profecção e Revoluções Lunares, por exemplo). Dito isso, conhecer minimamente o próprio mapa é muito interesse porque nos permite observar o caminhar das lunações coletivas pelas casas. A lunação da vez sempre vai cair em alguma casa do seu mapa e pode ativar os temas daquela casa em questão.
Você pode usar a lista abaixo para encontrar o seu ascendente e observar como e se os assuntos daquele local serão ativados durante essa lunação:
ASCENDENTE Casa que a Lunação de Aquário irá ativar
Áries Casa 11 — Amizades, organizações, coletividades, aspirações, perspectivas futuras
Touro Casa 10 — Carreira, trabalho, reputação, vida pública, mãe
Gêmeos Casa 9 — Estudos, ensino e pesquisa, viagens, espiritualidade, justiça
Câncer Casa 8 — Rupturas, perdas, medos, mortes, despesas, crises
Leão Casa 7 — Relacionamentos, encontros, parcerias, inimizades
Virgem Casa 6 — Doenças/problemas do corpo físico, animais domésticos/pequeno porte
Libra Casa 5 — Sexo, afetividade, prazeres, filhos, diversão, criatividade, artes
Escorpião Casa 4 — Moradia, família, assuntos domésticos, casa, terrenos, natureza
Sagitário Casa 3 — Irmãos, vizinhos, ruas, deslocamentos, rotina, comunicação, mudança
Capricórnio Casa 2 — Finanças, bens e posses pessoais, alimentação
Aquário Casa 1 — Vitalidade, corpo físico, aparência, identidade
Peixes Casa 12 — Doenças/problemas da psique, animais selvagens ou de grande porte.
nas frestas
Pequeno causo pessoal de férias sobre uma Vênus combusta
Na antes das férias, escrevi um tanto sobre o fato mais importante da lunação ser a travessia de Vênus em Capricórnio através do Sol, lembram?
A Vênus está retrógrada desde 19 de dezembro e vai assim até 29 de janeiro, mas esse período no início do mês é o mais crítico desse trânsito por conta da proximidade da Vênus com o Sol em Capricórnio. Teremos uma Vênus simbolicamente retrógrada e combusta pelos raios solares, uma condição que prejudica os temas da beleza, arte, sexo, união e relacionamentos de forma geral. O dia máximo desse ocultamento da Vênus pelo Sol será no dia 8 de janeiro. A partir da noite do dia 13, ela começa a ganhar distância do astro-rei e sai da combustão, e no dia 18 ela ressurge no céu. De 18 a 29 de janeiro, nesses últimos dias da Vênus retrógrada, ela estará fortalecida por estar novamente visível e observável no céu.
Como escrevi naquela edição, o trânsito de um planeta inferior como Vênus não é diretamente relevante a todos, mas é para as pessoas que têm Vênus como planeta regente de algum ciclo pessoal — sendo regente do ano ou do indivíduo naquele momento, por exemplo. Aqui começa o meu causo pessoal: estou vivendo um ciclo pessoal de Vênus há algum tempo, e sabia que sua combustão e travessia pelo Sol em Capricórnio poderia causar algum problema durante minhas férias; como sou acostumada a perrengues de viagem, pensei que poderia ser algo do tipo, ou mesmo algo a ver com o fato de estar sumida durante esse período de Vênus combusta, longe de casa e com pouca comunicação — a combustão de planetas num mapa pode significar literalmente "desaparecimento" ou baixa visibilidade, então se enfiar por algum tempo numa praia longínqua poderia ser lido como tal. Mas não foi bem isso que aconteceu.
Em 4 de janeiro — o exato dia em que a Vênus entrou na zona de combustão do Sol — sofri um tipo de queimadura de causa (ainda) desconhecida. Entrei em contato com alguma substância ácida, provavelmente no mar da primeira praia em que mergulhei, que lesionou a mão e o braço esquerdo, colo e costas; não foi uma queimadura repentina como a de água-viva e caravela, visto que o corpo foi lentamente reagindo e só evidenciou os sinais da lesão na noite do dia seguinte. Os três dias seguintes foram de preocupação e incerteza: dezenas de pequenas bolhas surgiram na pele — considerem que Saturno é regente da pele, e Vênus em Capricórnio está no território dele —, inflamadas e doloridas, como uma queimadura forte de sol (o que de fato não era, dado o aspecto local e as outras partes do corpo intactas). Interior, limitações, distância e dúvidas: quando consegui ir ao hospital local, era dia 8 de janeiro, o dia do máximo da combustão da Vênus. Algumas bolhas já começavam a secar. Lá pro dia 13, exatamente quando Vênus começava a ganhar distância do Sol, a pele começou a acalmar; nos dias seguintes, o que era casca começou a virar apenas mancha.
Escrevo esse texto na sexta-feira, 28 de janeiro — a Vênus está prestes a deixar sua retrogradação, estou em tratamento, acompanhada por uma médica e passo muito bem, com as manchas já clareando e tornando-se menos perceptíveis. As marcas persistem, mas sei que o tempo da Vênus atravessando novamente o signo de Capricórnio (agora em movimento direto, não mais retrógrado) deve ser o tempo da melhora efetiva. Às vezes a astrologia é literal assim — uma combustão significando uma queimadura —, e não podia deixar de compartilhar um caso tão simbólico aqui.
No mais, a parte boa: escrevi também na edição pré-férias que a travessia da Vênus pelo Sol faria a Vênus mudar seu status de estrela vespertina (visível no entardecer) para se tornar estrela da manhã (visível logo antes do nascer do Sol). Queimaduras à parte, o saldo da mudança de posição em relação ao Sol também tem umas boas vantagens:
A Vênus ocidental ao Sol (vespertina) tem uma expressão mais madura, comedida, reservada, tímida ou responsável, se manifestando mais num senso coletivo, menos afeita às satisfações meramente pessoais; a Vênus oriental (matutina), por outro lado, tem uma expressão mais espontânea, aberta e entusiasmada, de orientação às experiências prazerosas e à novidade, estando mais voltada ao bem-estar individual. [...] A travessia [dessa Vênus em Capricórnio] pelo Sol simboliza algo a ver mesmo com uma maior abertura ao divertimento e ao prazer, desenrijecendo mecanismos de defesa e constrição.
Um abraço e até semana que vem,