Mercúrio é um motorista dirigindo um carro seguindo uma longa viagem por uma estrada. Ele segue com agilidade, tranquilo, vento varando pelas janelas, a música torando nas caixas de som. Mó paz. Tem dois passageiros com ele, Marte e Saturno, pegando carona. De repente, um pensamento atravessa sua cabeça em cheio: ele esqueceu que, lá atrás, quando passou no km 24 da rodovia de Virgem, precisava fazer uma parada para buscar algo antes de seguir viagem. Daí, bate a frustração. A outra estrada é até bem boa (melhor ainda do que a que ele está agora), mas voltar lá significa gastar um tempão tendo que resolver essa pendência. Tempo gasto pra voltar atrás, ao invés de seguir viagem adiante. Mas não tem jeito, não tem saída: ele precisa ir lá e buscar o que deixou. Resignado, Mercúrio diminui a velocidade e olha ao redor. A estrada está calma, com pouco movimento, então ele para o carro no acostamento e começa a manobrar. Mercúrio gosta de dirigir e o faz muito bem, mas sempre que precisa manobrar o carro e mudar de pista, fica nervoso. É preciso fazer as coisas com muita calma. Então ele pausa a música, pede pra Marte parar de falar alto no celular e para Saturno, que anda meio sonolento, consultar no mapa o melhor acesso para a rota de Virgem. Por alguma razão, Mercúrio gasta um tempo danado parando o carro e manobrando. Depois que ele pega o sentido da pista, até recupera uma boa velocidade, mas ter que parar e refazer a rota desgasta ele demais.
Escrevi essa pequena fábula planetária como analogia à um evento não tão raro, porém sempre temido: Mercúrio está retrógrado. Pouco após a meia-noite de ontem, sábado, Mercúrio iniciou sua retrogradação, e agora está andando “para trás” no seu percurso aparente pelo céu. Na semana passada, ele já estava bem lento, quase parando — na analogia, começando a manobrar o carro na estrada. Agora, já retrógrado, é como se ele estivesse entrando de fato na pista do sentido oposto, mas ainda se ajeitando pra recuperar a velocidade na qual que ele costuma dirigir. Essa alteração de movimento direto para movimento retrógrado é sempre um momento periclitante. Quem já precisou fazer uma manobra arriscada numa estrada sabe por quê: é preciso prestar atenção no que se está fazendo, não dá pra responder uma pergunta de outro passageiro, falar no celular e ouvir rádio ao mesmo tempo. É por isso que o início da retrogradação pode ser um período de instabilidade em todos os temas que são responsabilidades de Mercúrio, isto é, coisas regidas por esse planeta. A tecnologia, os meios de comunicação, sistemas de tráfego e de comércio, por exemplo, podem sofrer algum abalo ou inconstância quando uma retrogradação de Mercúrio começa. Mas esse atrapalhamento é mais no primeiro momento mesmo, por no máximo 7 dias após o movimento retrógrado começar.
O que vale dizer sobre essa retrogradação? Ela dura até o dia 2 de outubro — sim, o famoso dia do primeiro turno das eleições. Essa retomada de movimento direto justamente nesse dia é um dado astrológico curioso, para dizer o mínimo. Mas vamos deixar o assunto eleições para a edição #55, que será todinha sobre o Ingresso do Sol em Libra, trazendo um panorama de eventos e previsões nessa segunda metade do ano astrológico no Brasil (22 de setembro a 19 de março de 2023).
Nessa retrogradação, Mercúrio começa ocupando o signo de Libra, mas ele voltará grau por grau até retornar ao signo de Virgem, por onde percorre até o grau 24º. Em Libra, é como se Mercúrio estivesse numa boa estrada, com uma belíssima paisagem, mas que faz um caminho mais longo, dando mais voltas do que precisava. Em Virgem, o caminho é rigorosamente preciso e objetivo: nesse signo, ele poderá resolver qualquer pendência de forma pragmática, sem enrolação. É voltar, resolver e retomar a rota pra seguir adiante no seu percurso original. Em outras palavras: por Mercúrio estar retrogradando para o signo de Virgem, do qual ele próprio é regente, essa retrogradação não será tão atrapalhada assim. A estrada estará bem iluminada, em bom estado, sem grandes obstáculos (muito diferente da retrogradação de Mercúrio combusto em Peixes no início de 2021, quem lembra?).
Eu bem sei que o menor dos imprevistos na mão de quem tá pilhado de problema e sobrecarga pode ser motivo de colapso, então escrevo essa edição hoje também para colocar esse trânsito em sua devida proporção: é uma retrogradação? É. Mas está bem longe de ser das piores, e talvez esse seja um trânsito produtivo no melhor sentido que uma retrogradação pode ter, que é de resgatar algo perdido que ficou pra trás ou fazer uma pausa e manutenção a respeito da forma como certos assuntos e situações vêm sendo levados.
Na saída de Libra para o reingresso em Virgem, Mercúrio se livra de uma postura diplomática e polida que pode ser um enorme peso sobre os ombros. O peso de agradar, de encantar o olhar alheio, de proporcionar um espaço de conversa e convivência agradável aos outros. Se alivia também do peso de ouvir vários lados para ponderar sobre que escolha tomar. Para um Mercúrio em Libra, a pressão sobre uma decisão pode ser tão grande que parece se fazer necessário ler 3 artigos, conversar com 5 pessoas e ouvir o ponto de vista de pelo menos 2 especialistas no assunto para sentir-se equipado para tomá-la. Para um Mercúrio em Libra, a auto-confiança é construída ao longo de muito, muito tempo: ela vem com o peso da experiência e do conhecimento adquirido. Já em Virgem, Mercúrio não pondera, mas faz. É um Mercúrio assertivo e pragmático, que conduz o raciocínio de forma eficiente e produtiva para as circunstâncias que lhes são apresentadas — mesmo que isso implique em desagradar alguns lados ou frustrar expectativas alheias. E que bom, não?
Portanto, se comecei a Lunação de Virgem falando de virtude e discernimento e da pressão por otimização constante que vivemos hoje, hoje venho falar da necessidade da falha. De lidar com frustração, fracasso e refação de planos sobre tudo o que aconteceu, e que não era nada do que você esperou. Qual a sua tolerância com a falha? Com a imperfeição? Com ter que voltar atrás e fazer as coisas novamente? Tudo isso pode soar meio negativo, mas quando consideramos que a saída de Mercúrio é de Libra pra Virgem, a perspectiva melhora: quantos pratinhos da balança equilibramos diariamente sorrindo e acenando até se dar conta que, peraí, acho que não precisava estar me encarregando desse BO aqui que nem é meu.
Essa retrogradação pode se apresentar como um período de revisão sobre o limite da sua própria diplomacia, da aparência que se sustenta — e acha que precisa sustentar — para o mundo e para as outras pessoas. Tanto verniz social pode, é claro, tornar-se um peso danado. Tem peso que a gente precisa carregar por circunstâncias da vida que leva, mas vários outros, não. Então uma retrogradação de Mercúrio de Libra a Virgem pode vir a facilitar e incentivar esse olhar sobre mediações sociais desgastantes e superficiais. Por outro lado, essa retrogradação também pode ser bem conveniente para retomar atividades ou processos que você acabou abandonando ou deixando de lado em algum momento lá atrás. Uma forma de resgatar algo que se perdeu, e que é de valor para si.
De resto, recomendo flexibilidade e paciência: em períodos de Mercúrio estacionário ou retrógrado, o melhor a se fazer é manter uma margem confortável para manobra, evitando colocar pressão ou urgência sobre prazos e atividades. Considere o espaço do erro, calcule tempo para revisão. Inclua, enfim, a possibilidade da falha — no fim das contas, se até no céu, ocasionalmente, os planetas precisam “voltar atrás” para afinar algum ponto, quem é você para seguir sempre em frente sem parar, meu anjo? Com o perdão de um trocadilho batidíssimo, que essa retrogradação abra espaço para pensar sobre o lugar de falha na vida de vocês.

Essa introdução ficou tão longa que eu nem falei da Vênus em Virgem, a Vênus em queda, numa expressão avessa ao que esse planeta essencialmente representa: é a Vênus disposta a não agradar, porque a vida não é só fantasia. A Vênus sem deslumbre, Vênus contra toda idolatria, Vênus que enxerga o erro porque também é humana, heroína de nada, redentora de ninguém. Vênus apreciadora das pequenezas preciosas do dia a dia, que vê beleza no que é simples. É essa Vênus que atualmente dispõe o Mercúrio em Libra, e que ainda nesse mês de setembro, o receberá no mesmo no signo de Virgem. Sobre esse posicionamento, aliás, fica a recomendação do último episódio do podcast Água Fixa, da Juliana Machado, porque a parte sobre a Vênus em Virgem está um primor.
Por último, para quem quer entender um pouco melhor da mecânica celeste e dos significados gerais de uma retrogradação, na editoria notas astrológicas, logo abaixo das previsões da lunação, reedito um texto do ano passado que escrevi sobre esse assunto, chamado retrogradação enquanto manutenção. Esse é dos bons.
lunação de virgem — lua cheia em peixes
previsões até 24 de setembro de 2022
Já que passei a introdução todinha falando em falha, aproveito pra mandar a real pra vocês: mal tive tempo de observar esse mapa da Lua Cheia em Peixes e não tive muita cabeça pra isso, então a proposta hoje aqui é apenas fazer algumas breves observações sobre o mapa da Lua Cheia, que complementa o da Lua Nova, que já analisei na edição #51.
As boas previsões escritas sobre o mapa da Lua Nova incluíam o fracasso do 7 de setembro, sem boas repercussões para o governo bolsonarista, e a repreensão internacional sobre o presidente pela condenação de Bolsonaro no Tribunal Permanente dos Povos. Mal poderia esperar que a Vênus em Leão na casa 1 oposta à Saturno em Aquário na casa 7 também estaria indicando um caso como o atentado contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fato também testemunhado por esse aspecto. Também mencionei na ocasião a previsão de uma figura feminina em evidência de forma negativa, podendo sofrer algum tipo de restrição ou impedimento — além da Kirchner, tivemos a morte de fato da Elizabeth II. Me parece que esse risco previsto sobre mulheres líderes ou em evidência permanece durante essa segunda metade da lunação, mas espero estar errada quanto à isso. O acidente aéreo que também mencionei como uma possibilidade nas proximidades da Lua Cheia, felizmente, não ocorreu (pelo menos enquanto escrevo essa edição, no fim da tarde de sexta-feira) — o máximo que ocorreu foi a queda de um helicóptero com um deputado federal do PL.
Seguimos adiante, então, para o mapa da Lua Cheia, que vale até 24 de setembro.
Temos alguns aspectos marcadores de tempo nessa segunda metade da Lunação de Virgem, que dura até o dia 24 de setembro:
A Vênus em Virgem completa quadratura com Marte em Gêmeos no próximo dia 16, um testemunho difícil que reforça a previsão de possíveis acidentes aéreos, mas também perdas materiais. Em termos econômicos, inclusive, indica algum tipo de revisão, saída ou manutenção necessária em relação à sistemas financeiros ou de recursos. Algum tipo de baque ou falha de sistemas, vazamento de dados, perdas de informações? É possível.
A quadratura Vênus-Marte sendo com a Vênus na 12 e o Marte na 9 também reforça algum tipo de represália ou restrição vindas de fora, de países estrangeiros ou órgãos internacionais. Alguma prisão, condenação, ou conclusão de caso criminal nesse sentido pode se impôr. Com Marte conjunto à estrela Aldebaran, inclusive, essa represália pode ser bem incisiva e até agressiva, mesmo que na forma de discurso. Num outro sentido, alguma figura de força do Judiciário, que ocupa também os assuntos de casa 9, pode se impôr de forma mais agressiva, marcando presença sobre os assuntos do país até 24 de setembro.
No dia 18 de setembro Mercúrio, agora retrógrado em Libra, completa sua segunda oposição à Júpiter em Áries. A terceira será com ele novamente em movimento direto, no dia 12 de outubro. Sinceramente, ainda não consegui decifrar o que esse aspecto simboliza nessa segunda metade da lunação, porque os planetas mobilizam esses mesmos assuntos de forças externas (órgãos ou governos de fora) ou assuntos de julgamento e regulação, como tribunais judiciais. Como Mercúrio está retrógrado, algum tipo de decisão tomada há tempos atrás pode voltar à pauta, ser retomada (não necessariamente para ser desfeita, mas para amarrar alguma ponta solta). Enfim, há disputa e tensão no campo da justiça ou da diplomacia, então fiquemos de olho nesses assuntos.
O Sol ingressa em Libra no dia 22 de setembro, marcando o equinócio de primavera no Brasil: começa a segunda metade do ano astrológico, que vai até 19 de março de 2023. Um novo mapa se abre, para complementar as previsões para o país. A edição #55 será todinha sobre esse ingresso. E no dia 23, enfim, temos a conjunção exata de Mercúrio e Sol em Libra.
notas astrológicas
retrogradação enquanto manutenção
Quem se envolve no estudo ou no interesse astrológico logo percebe que boa parte dos termos técnicos e nomenclaturas estranhas são apenas nomes para características, expressões e fenômenos observáveis na natureza. Astrologia é esse oráculo que surge da observação do céu e correlação de seus movimentos com o mundo aqui embaixo: se hoje, nas cidades, parece uma ideia estapafúrdia notar relações entre esses ritmos, basta estar em maior contato com um ambiente vivo para que as correspondências fiquem bem evidentes.
O que chamamos de movimento retógrado é um desses termos que ganham ares de importância e inquietação coletiva, mas que se trata de um movimento frequente e periódico nos ritmos da natureza. Todos os planetas visíveis — Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno — traçam um caminho, um percurso ao longo do céu, que pode ser acompanhado dia a dia por nós, a olho nu. Esse percurso é contínuo e relativamente regular, e o que chamamos de movimento direto.
Já o movimento retrógrado é o que acontece quando o percurso aparente do planeta no céu muda de sentido, quando um planeta aparenta estar "andando para trás" no céu, exatamente como a fotografia abaixo ilustra. Essa é uma imagem que sobrepõe a posição de um planeta ao longo de vários dias: ele vem, pouco a pouco, fazendo um caminho retilíneo; em dado momento, sua velocidade aparente desacelera e ele começa a fazer uma trajetória no sentido contrário, e segue assim por mais algum tempo; daí, ele volta a ganhar velocidade aparente e retoma a direção "normal" de deslocamento no céu.

A retrogradação é uma ilusão de ótica. Esses planetas não estão de fato "andando para trás", porém, da nossa perspectiva terrestre, temos a impressão de que eles estão na direção contrária do que a de costume. A astrologia, sendo um conhecimento oracular estruturado a partir do ponto de vista da Terra, inclui o movimento retrógrado como mais uma informação relevante para ser considerada na análise de mapas. Apesar disso, a retrogradação não é um evento especial e nem um bicho de sete cabeças: Mercúrio fica retrógrado 3 vezes ao ano; Júpiter e Saturno, os mais lentos, passam cerca de um terço do trânsito em movimento retrógrado, dois terços no movimento direto. Além de frequente, é um fenômeno bastante regular.
O período de retrogradação tem sido associado na astrologia como um indicador de revisão, desaceleração e retornos de assuntos variados. Esses significados podem fazer sentido em muitos casos, mas gostaria também de trazer a ideia da retrogradação enquanto manutenção. Como a antropóloga Shannon Mattern escreve,
"Valores como 'inovação' e 'novidade' têm apelo de massa — ou pelo menos tinham até que a ideia de 'ruptura' se tornasse uma plataforma de campanha vitoriosa e uma estratégia de governança normalizada. Agora, o colapso é nossa realidade epistêmica e experiencial. [...]
O que realmente precisamos estudar é como o mundo é reconstruído. Não estou falando sobre a eleição de novos funcionários ou o lançamento de novas tecnologias, mas sim sobre o trabalho diário de manutenção, cuidado e reparo."
Ainda dentro da temática "viver dá trabalho", tão característica dessa Lunação de Virgem, fica aí o questionamento: vocês já se deram conta no tanto de trabalho que envolve manter a sua própria vida, a sua casa, as estruturas nas quais a sua vida se apóia? O trabalho de manutenção das coisas anda muito próximo ao trabalho servil, historicamente atribuído a grupos sociais subjugados ou marginalizados. O trabalho doméstico é um exemplo cotidiano muito próximo da nossa realidade: na sociedade patriarcal, a manutenção de uma casa é um trabalho não-remunerado exercido por mulheres há muito tempo; aqui nas Américas, quando mulheres brancas alcançam um patamar de sucesso profissional e poder econômico, o mais comum é decidirem por pagar (muitas vezes, de forma insuficiente) outras mulheres para assumir tal tarefa.
Em suma, a manutenção, a preservação e a conservação são o tipo de empreendimento que não recebe nem de longe o mesmo reconhecimento de outros feitos heróicos do trabalho humano. Na mentalidade moderna-capitalista-ocidental mais comum, manutenção é trabalho inferior ou, na melhor das hipóteses, um tempo mal gasto — afinal, temos mais é que produzir, seguir em frente com as coisas, seguir rumo ao progresso. Mas e se nós tratássemos a manutenção como o que de fato ela é — uma necessidade natural, tão valorosa quanto a iniciativa e a busca pelo novo? Talvez a má reputação da retrogradação também seja reflexo de uma visão do mundo como um território a ser constantemente descoberto e explorado, raramente protegido e conservado como deveria. Às vezes, enfim, "avanço" significa só melhorar as condições que já existem para estar melhor nelas. Não precisa ir longe pra isso.
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um abraço e até semana que vem,
A gente estava planejando uma mudança de apto, mas por conta de outras questões decidimos que seria melhor esperar um pouco, rever prioridades e voltar a procurar apto... depois que virasse o mês. Ou seja: 100% conectada com o ritmo celeste kkkkk socorro assinar contrato de aluguel com mercúrio retrógrado!
Tô me sentindo alinhadíssima com os astros. A newsletter que enviei essa manhã fez uma conversa engraçadinha com a sua, falando sobre repetições e o valor da tarefa de manutenção da vida. Gostei muito dessa coincidência 💚