como a linguagem astrológica ganha corpo na realidade, pt. 3: Sol
símbolos visíveis | série de edições exclusivas de apoiadores
Voltei com mais uma edição da série sobre símbolos visíveis. Se você chegou aqui nos últimos dias, vale saber que o Meio do Céu é uma newsletter astrológica publicada semanalmente aos domingos, mas que também sai em edições exclusivas para apoiadores, como é o caso dessa de hoje — e, como de costume, traz o comecinho disponível para todos lerem. Apoiadores também têm acesso ao arquivo de todas as edições exclusivas já publicadas e que, modéstia à parte, são a melhor parte dessa newsletter. Para se tornar apoiador, basta atualizar o status da sua assinatura nas configurações da sua conta do Substack.
Como essa edição é a continuação de uma série, recomendo começar pela primeira parte, pois lá escrevi uma introdução básica sobre o que se entende por “linguagem astrológica” e como ela se manifesta visivelmente na realidade, introduzindo os primeiros exemplos sobre Lua e Mercúrio. Na sequência, tivemos uma edição todinha só sobre as Vênus domiciliadas e exiladas. Hoje, seguimos adiante na ordem caldaica dos planetas com uma edição sobre duas expressões certeiras do um Sol: um domiciliado em Leão e outro exilado em Aquário.
Sol: imponência emanada pela autoridade
Costumo dizer que os significados do Sol na astrologia são um tanto quanto óbvios: se não houvesse Sol, não haveria vida como conhecemos. O Sol aquece e ilumina o nosso planeta e, portanto, um dos seus significados básicos é de vitalidade. Mas tem mais coisa além disso: lembrem que, na primeira edição da série, escrevi que Mercúrio nunca se afasta mais de um signo para longe do Sol? Isso se reflete numa relação que existe entre esse planeta e o astro-rei: Mercúrio como razão e o Sol como consciência, ou o Sol como próprio espírito ou “eu superior” — um elo com o divino, a fonte da vida, seja lá como quisermos chamar. Mercúrio nunca se afasta demais do Sol porque seus significados simbólicos devem caminhar sempre próximos: a mente racional, longe da luz da consciência, é capaz de todo tipo de coisa. Os autores Ariel Guttman e Kenneth Johnson escrevem, inclusive, especificamente sobre essa relação:
“O intelecto humano, por si só, é amoral. Sua função, o pensamento racional, não está necessariamente ligada a nenhum código de ética. O mesmo processo mental que leva um indivíduo a escrever um livro sobre consertos domésticos pode ser usado por um indivíduo diferente para quebrar fechaduras ou burlar um alarme contra ladrões [...] A relação entre Mercúrio e Júpiter ou o Sol é de vital importância: a mente apenas se torna uma força poderosa para o bem quando dirigida por um senso mais elevado de consciência.”
E num sentido mais mundano da coisa, é claro, o Sol tem significado de autoridade: o astro-rei é um símbolo convencional de liderança, da emanação de poder, da função de provedor; muitos autores consideram que ele representa o pai (novamente, a meu ver, não necessariamente). De toda forma, o Sol é um símbolo de eminência, de quem irradia luz, potência e soberania.
O Sol está domiciliado no signo de Leão — é o Sol natal de Louis Armstrong, um dos músicos mais importantes e influentes da história do jazz.
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