como a linguagem astrológica ganha corpo na realidade, pt. 5: Júpiter em Sagitário e Gêmeos
símbolos visíveis | série de edições exclusivas de apoiadores
Cheguei com mais uma edição da série símbolos visíveis: como a linguagem astrológica ganha corpo na realidade. Hoje vamos falar sobre expressões domiciliadas ou exiladas de Júpiter — por alguma razão (empolgação e exagero jupiterianos?), porém, o texto dessa edição ficou tão longo que vamos precisar dividir. Nessa quinta parte da série, trago a introdução sobre Júpiter com os exemplos ilustrativos de Sagitário e Gêmeos; na sexta, semana que vem, trago os casos de Peixes e Virgem.
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Começamos a série símbolos visíveis com os exemplos de Lua e Mercúrio na parte 1, da Vênus na parte 2, do Sol na parte 3 e de Marte na parte 4. Não precisa ter lido tudo pra ler a edição de hoje sobre Júpiter, mas pra quem tá perdido nesses termos da linguagem astrológica (planeta domiciliado ou exilado, por exemplo), recomendo ler a introdução geral sobre o assunto lá no começo.
Júpiter: jornadas de sorte, fé ou sabedoria
No céu, Júpiter tem um brilho que é claro e bonito, não tão forte como o de Vênus, mas que transmite algo de esperançoso. Na mitologia greco-romana, Júpiter é um dos filhos de Saturno, titã que devorava a própria prole. Júpiter consegue escapar do seu terrível destino de ser devorado pelo pai graças à Gaia e Reia, que enganam Saturno ao entregar uma pedra enrolada em panos, disfarçada para parecer um bebê. O mito elabora uma narrativa em que Júpiter escapa da morte com um bocado de sorte e também de generosidade — daí, não à toa, esse é um planeta que simboliza essas qualidades.
Significados básicos: Júpiter é o movimento de expansão e ampliação, inverso à Saturno. Ele representa abundância, prosperidade e fartura, graças que têm a ver com algum empenho, mas que também dependem de um bocado de sorte. De fato, “esforço” é algo que todos podem fazer, mas oportunidades são bênçãos que alguns têm mais do que outros, em qualquer classe social; essa boa sorte é uma dádiva jupiteriana. Júpiter rege a fertilidade e a multiplificação, e nos lembra inclusive que a generosidade é fruto da sorte de quem pode oferecer o que tem, sem dar falta. Júpiter trata da sensação de grandiosidade e dos temas que elevam a nossa existência humana: a fé, a espiritualidade, a filosofia e o conhecimento são regidos por ele, por se tratarem de experiências com o potencial de nos elevar à um estado de êxtase ou à uma consciência que destoa do banal e mundano. E para além das relações com a fé e a sorte, Júpiter também pode representar pessoas em posição de maestria, autoridade de conhecimento ou detentoras de decisões de justiça — daí vem o fato de muitos professores e juízes terem Júpiter proeminente em seus mapas natais.
Para exemplificar tudo isso, vamos observar a vida e os mapas de quatro pessoas profundamente marcadas pela expressão desse planeta em diferentes signos, começando hoje com Sagitário e Gêmeos.
O primeiro domicílio de Júpiter é Sagitário, signo de fogo que expressa bem a virtude do ganho de consciência e fé pelas múltiplas experiências. Simbolizado por um centauro — ser mítico que é meio bicho, meio homem, Sagitário representa a ambivalência de uma jornada de aprendizado e busca por sabedoria que se vive na prática. É um signo que, em essência, expressa a confiança positiva da mudança, tendo o entusiasmo e o otimismo de que se pode ir mais longe e viver algo além da trivialidade material. Júpiter em Sagitário carrega um forte potencial de crença e convicção por meio da ação e da prática.
Vincent Van Gogh foi um dos pintores mais famosos do mundo, nascido de um Júpiter em Sagitário bastante representativo em seu mapa.
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