Na manhã da última terça-feira, dia 7 de março, Saturno ingressou no signo de Peixes. Se vocês acompanham algum tipo de conteúdo astrológico na internet, essa efeméride não deve ter passado despercebida: Saturno é realmente um planeta fundamental para compreensão dos ciclos de tempo coletivo que vivemos, como expliquei recentemente numa edição. Dentre os planetas clássicos é o mais lento, demorando cerca de 28 anos para completar sua volta pelo zodíaco. É o último planeta visível no céu a olho nu — não por acaso, é aquele que versa sobre o próprio Tempo, a finitude e os limites.
Tem muita coisa que quero escrever sobre o início desse trânsito de Saturno em Peixes, e por isso essa edição de hoje será todinha dedicada a esse ingresso. Mas vamos por partes para ninguém ficar confuso, tá? Pegue seu cafézinho e vem comigo nesse passeio.
O trânsito em contexto: um novo ingresso na era do ar
Quem me acompanha por aqui há algum tempo talvez se lembre que já escrevi algumas vezes sobre ciclos coletivos sinalizados pelas Grandes Conjunções de Júpiter e Saturno no céu. Esses encontros dos dois planetas indicam mudanças políticas, econômicas e sociais de grande importância, a nível global.
As Grandes Conjunções acontecem quando Saturno e Júpiter se encontram exatamente no mesmo signo e grau; isso ocorre a cada 20 anos, e sempre nos signos do mesmo elemento, ao longo de um período de 240 anos. Em certo momento, essas conjunções começam a ocorrer em signos de um outro elemento, dando início à uma nova era de 240 anos marcada por esse novo elemento em questão. Essa transição entre uma era e outra é um pouco mais complicada porque ela acontece aos poucos, como se a gente desse 2 ou 3 passos pra frente e 1 pra trás, antes de seguir adiante.
Vou explicar melhor com o exemplo da realidade: atualmente nós estamos na era do ar; antes disso, porém, estávamos numa era da terra. O início da transição entre essas duas eras foi em 31 de dezembro de 1980, quando Júpiter e Saturno fizeram uma Grande Conjunção no signo de Libra. Consideramos ali o início da era do ar? Sim. Mas, como falei, essa transição se dá aos poucos, então haveria ainda uma última conjunção num signo de terra antes do ingresso definitivo nesse período do elemento ar. Mas sim, desde 1980, com o primeiro passo dado nesse novo ciclo coletivo, vimos a tecnologia e a informação se desenvolverem de modo irrefreável. Até de forma literal, vimos a tecnologia diminuindo sua materialidade mais concreta e alcançando a dimensão aérea, com a substituição progressiva de cabos e hardwares pesados pelo bluetooth, o wi-fi, o comando por voz, etc. Com a ampliação do acesso à internet a partir dali, a comunicação nunca mais foi a mesma. Faz algumas décadas que vivemos a era da informação, da abstração e da volatilidade típicos do elemento ar, e já estamos bem familiarizados com essa realidade.
Pois bem: as Grandes Conjunções ocorrem a cada 20 anos (aproximadamente), então em 28 de maio de 2000, Júpiter e Saturno se reencontraram novamente, mas dessa vez no signo de Touro. Essa foi a etapa final de encerramento da era da terra. E aí vinte anos depois dos anos 2000, tivemos o quê? Ele mesmo, o inesquecível ano de 2020. Há várias correlações astrológicas que indicavam um período bem difícil naquele momento, mas fins de ciclos coletivos são especialmente complexos, e 2020 foi marcado por esse também.
Daí, em 17 de dezembro de 2020, Júpiter e Saturno se encontraram no céu no signo de Aquário1. Essa última Grande Conjunção foi especialmente aguardada por ter marcado o início definitivo na era do ar, entendem? Encerramos ali um período de 240 anos associado ao elemento terra, iniciado lá no início do século 19, que — não por acaso — correspondeu ao princípio do capitalismo industrial.
Se tanta mudança já havia ocorrido desde o início da era do ar em 1980, muita coisa ainda estava por vir e definir nosso contexto atual. Quem viveu os últimos anos e é um pouco versado em astrologia, sabe que eles foram o puro suco de Saturno em Aquário: uma longa e persistente pandemia global, a ênfase nas conspirações, a explosão de fake news, o crescimento e amplificação do uso da inteligência artificial, as questões culturais sobre o excesso de exposição e direito à privacidade, os surtos da viralização em redes sociais, a defesa (e vitória) da democracia, o alcance da crise climática… foi tudo muito, muito saturnino.
Mas e agora, que Saturno enfim deixou seus dois domicílios (Capricórnio e Aquário) para trás, o que será que podemos esperar dos anos à frente? Pela primeira vez em mais de 5 anos, Saturno finalmente ingressou em um signo em que ele responderá a outro planeta — no caso, Júpiter, pois é ele o regente clássico do signo de Peixes. É um alívio pensar que o peso do Saturno fortalecido nos últimos será, pelo menos em parte, suspenso. Mas Saturno continua no céu, então o que podemos esperar são apenas outros tipos de obstáculos, pressões e restrições. É sobre esses significados que vamos nos debruçar agora.
Saturno em Peixes: promessas e possibilidades
7 de março de 2023 a 13 de fevereiro de 2026
O que ocorre quando o planeta da estrutura, das interdições e dos efeitos do tempo ingressa num signo de água, tão estranho à sua natureza? É uma combinação mesmo estranha, já que Peixes é regido por Júpiter, planeta de significados opostos aos de Saturno. Ele se contrapõe à Júpiter no sentido de que expressa a concentração, a manutenção ou o enraizamento, dinâmicas opostas à expansividade jupiteriana. Mas não só isso: Peixes é um signo de água, um elemento fundamental para o surgimento e manutenção da vida. E, Saturno, bem… ele é que dá limite à própria vida. A morte, entre tantas outras coisas, é um tema de Saturno. Então, pra começar, esse é um posicionamento no mínimo curioso.
A dança de vida-morte que a associação entre Saturno e o elemento água representam pode ser mesmo da ordem do inesperado. Foi na ocasião do trânsito de um outro Saturno em signo de água — no caso, Câncer — que ocorreu um dos eventos mais trágicos e destrutivos do século 20: os bombardeios atômicos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. É difícil conceber um fato mundano e intencionalmente produzido por humanos tão devastador quanto esses foram. De alguma forma, porém, até aquele terreno absolutamente inóspito e arrasado começou a se regenerar, tempos depois. Um dos primeiros sinais de vida em Hiroshima após a bomba atômica foi o de um cogumelo chamado matsutake. Não conto essa história para romantizar qualquer tipo de destruição, obviamente, mas há algo de absurdo e surreal em notar a regeneração da natureza e a possibilidade de vida nas ruínas do capitalismo (subtítulo do livro “O cogumelo no fim do mundo”, da antropóloga Anna Tsing, uma etnografia sobre o próprio matsutake).
O que o cogumelo matsutake nos mostra — ao brotar em lugares em que o capitalismo já passou, por onde o sistema devastou outras formas de vida que ali existiam — é que, de alguma forma, apesar de tudo, a vida ainda emerge, se impõe, se modifica. Não é razão para aceitação das condições atuais, muito pelo contrário: é um indicador de que temos meios e formas de contornar certos estragos, principalmente observando e aprendendo com o que a própria natureza nos mostra. A crise da biodiversidade no planeta, aliás, vem afeta diretamente o bem-estar da nossa espécie humana, e esse problema também tem ganhado mais reconhecimento recentemente. Peixes é o signo que dá sequência aos dois domicílios de Saturno, e parece abarcar bem essa perspectiva da regeneração, por ser regido por Júpiter e Vênus, os dois benéficos, que propiciam e possibilitam a continuidade vida. E de alguma forma, a vida terrestre seguirá se transformando por meio de uma persistência improvável e misteriosa. Defender e insistir na vida em sua múltipla diversidade, portanto, parece ser uma tônica importante para esse trânsito de Saturno em Peixes.
Esse papo todo nos conduz naturalmente à crise climática e ambiental que vivemos em escala global, uma questão deflagrada e ampliada em alcance e relevância nos últimos anos. Poucos esforços e mudanças efetivas se deram em relação a esses assuntos, porém; o ingresso de Saturno em Peixes é um sinal positivo nesse sentido, justamente por ser um signo de natureza mutável, que promove o encaminhamento dos processos e suas mudanças.
Estamos falando de uma real tomada de consciência e mudança de visão de mundo? Provavelmente não, afinal, no capitalismo, as mudanças ocorrem quando envolvem novas possibilidades de lucros, ou quando não há mais qualquer saída. Os próximos três anos desse trânsito parecem se tratar mais do segundo caso: Peixes, a água mutável, não provê uma estrutura sólida para que Saturno se firme. É uma questão de mudança de estrutura, de fato, e as estruturas que não se transformarem a ponto de possibilitar a manutenção da vida tendem a ruir e perecer. O famoso “a água bateu na bunda”.
E por falar em água, essa certamente será um tema de grande interesse nos próximos anos: a gestão, o fornecimento e o acesso à água devem ganhar ênfase na forma de crises, entraves, bloqueios e outros inconvenientes, inclusive virando pauta nas negociações e novos acordos entre nações. O Brasil é especialmente agraciado nesse quesito: é o país do mundo que possui a maior quantidade de água doce entre todos, com 12% do total existente no planeta. Apesar do péssimo uso e administração por nossa parte, provavelmente estaremos numa posição importante nesses assuntos a nível mundial — Saturno estará inclusive transitando pela casa 2 do mapa do Brasil, que trata justamente do sustento e recursos da nação. Por outro lado, o conhecido problema das enchentes e chuvas deve se agravar também nesse trânsito, demandando com mais urgência medidas efetivas na redução de danos nessas ocorrências. Não dá mais para adiar.
A mudança de estruturas que Saturno em Peixes provoca também pode propiciar avanços e conquistas em outras esferas coletivas, como no que diz respeito aos direitos humanos e à organização civil. Foi no trânsito de Saturno em Peixes nos anos 90 que ocorreu o fim do Apartheid na África do Sul, quando Nelson Mandela foi eleito presidente do país; a assinatura da Lei dos Direitos Civis de 1964, um marco nos direitos civis e trabalhistas nos Estados Unidos, que proibia a discriminação com base em raça, cor, religião, sexo e nacionalidade, também foi fruto desse trânsito. O primeiro ator negro a ganhar o Oscar de "Melhor Ator", Sidney Poitier, também o fez no mesmo ano. Já no trânsito anterior de Saturno em Peixes, na década 1930, houve a publicação da encíclica Mit brennender Sorge pelo papa Pio XI, documento que fazia uma forte condenação do nazismo e do governo do Reich Alemão. Jesse Owens, um atleta negro estadunidense, ganhou 4 medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlin de 1936, em plena Alemanha nazista. Aqui no Brasil, na mesma época, foi lido na Câmara Federal o Primeiro Manifesto da Aliança Nacional Libertadora, uma frente de esquerda composta por setores de diversas organizações de caráter anti-imperialista, antifascista e anti-integralista. São marcos importantes no âmbito de justiça social, pertencimento e senso coletividade ocorridos enquanto Saturno atravessava o signo de Peixes.
Como meu colega Guilherme de Carli bem lembrou, no entanto, Saturno em Peixes também pode indicar forte controvérsia e contrariedade entre certos grupos sociais. Por Peixes ser território de Júpiter, há uma grande probabilidade de observarmos restrições e até enfraquecimento de organizações e líderes religiosos — basta lembrar do trânsito de Saturno por Sagitário (outro signo jupiterial), em que uma série de “mestres” espirituais se tornaram alvo de denúncias, investigações e condenações por condutas criminosas com seus discípulos. Eu sempre repito que não é à toa que Peixes é o único signo com nome de animal escrito no plural, e não no singular — tratamos aqui de questões e dinâmicas coletivas, de bandos e grupos, incluindo tudo que tange a conexão entre os seres que vai além do racional. Os ambientes religiosos, obviamente, estão na mira desse Saturno, que deve vir também “botar ordem” no que é da esfera da devoção e da religiosidade.
“Compartilho a crença de muitos de meus contemporâneos de que a crise espiritual que permeia todas as esferas da sociedade industrial ocidental só pode ser remediada por uma mudança em nossa visão de mundo. Teremos que mudar da crença materialista e dualista de que as pessoas e seu ambiente são separados, em direção a uma nova consciência de uma realidade abrangente, que abarca o ego experiencial, uma realidade na qual as pessoas sentem sua unidade com a natureza animada e todas as criações.”
— trecho de LSD: My Problem Child, de Albert Hofmann, descobridor do LSD e nativo de Saturno em Peixes
Embora Peixes não seja um signo bélico por natureza, ele carrega a regência de Marte na triplicidade noturna, indicando que a lógica de rebanho (ou de cardume — risos) pode causar bastante estrago quando alcança níveis de agressividade, sendo especialmente danosa quando é direcionada para aqueles que deveriam se apoiar mutuamente. Várias revoltas e atos violentos históricos ocorreram durante trânsitos de Saturno em Peixes: o golpe militar de 1964 no Brasil, o assassinato do ativista pelos direitos dos negros Malcolm X, o início da Revolução Francesa, a Inconfidência Mineira no Brasil e o genocídio de Ruanda são algumas exemplos — o último citado, aliás, foi um massacre étnico cuja maioria das vítimas foi morta em suas próprias aldeias ou cidades, muitas por seus vizinhos e companheiros de comunidade. Também foi durante Saturno em Peixes que ocorreu o bombardeio num edifício em Oklahoma por terroristas domésticos, e também quando houve um ataque terrorista com gás sarin no metrô de Tóquio, um ato perpetrado por membros de um culto apocalíptico chamado Aum Shinrikyo. Tudo isso pode soar estranho porque esses atos mencionados parecem ser marcados por razões ideológicas, e sabemos que as ideologias são bem associadas à Saturno no signo de Aquário; no entanto, há uma boa dose de crença e a convicção da fé conduzindo essas ações destrutivas. Devemos considerar que Aquário é um signo fixo do campo das ideias, que se expressa muito mais como conspiração do que como ação efetiva de fato. Para agir sobre as ideologias que se têm, é preciso uma boa dose de vontade e de ação, que são assuntos de Marte — e quem conhece a teoria astrológica sabe que Marte tem dignidade em Peixes, mas não em Aquário, isto é, Peixes fornece meios para a agressividade de Marte se manifestar. Além disso, basta pensar no quão longe um fundamentalista religioso fanático pode ir em nome de sua fé: Saturno em Peixes pode nos mostrar mais episódios que expõem essa faceta tenebrosa de ações violentas cometidas por indivíduos em nome de “algo maior”.
Atenuando um pouco o papo brabíssimo, vamos a assuntos variados: esse trânsito também beneficia a formação de associações e uniões: a União Européia, o Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio (NAFTA) e a União Nacional dos Estudantes do Brasil são todas crias duradouras de passagens de Saturno por Peixes. Outra coisa favorecida por ele são os museus e instituições de conservação, especialmente aquelas ligadas às artes, visto que Peixes é exaltação da Vênus — numa breve pesquisa que fiz, notei que alguns museus proeminentes, como o de Belas Artes do Rio de Janeiro, foram criados justamente em trânsitos de Saturno em Peixes. E os avanços na tecnologia espacial, curiosamente — talvez pela regência expansiva de Júpiter? — também parecem ser um assunto relevante para esse período, embora ainda seja um tema que desejo mapear melhor em trânsitos passados.
Para encerrar, acho que cabe uma interpretação que muito me interessa a nível cultural: Saturno é um planeta que trata do esforço, da resistência, da labuta mesmo, sabe? Como agora ele está à disposição de Júpiter e Vênus, penso que um aspecto social que pode vir a se atenuar um pouco é o da relação com o lazer e o trabalho. Sabemos muito bem que a imensa maioria dos trabalhadores é explorada por conta do sistema capitalista, e que a exaustão por trabalho não costuma ser uma escolha das pessoas; por outro lado, os últimos anos de Saturno domiciliado também trouxeram uma certa tendência social de levar o próprio corpo aos últimos limites, até mesmo entre quem não tinha tantas razões concretas para isso — quem não sofreu ou conhece alguém que sofreu burnout nos últimos anos? Essa relação complicada e abusiva com o trabalho e o descanso pode vir a ser melhorada durante a passagem de Saturno por Peixes, que deve afrouxar um tanto a autocobrança por disciplina e favorecer o bom e velho ócio, em detrimento de uma cultura de punição e esgotamento. A meu ver faz bastante sentido, e também é o que espero.
Desejo que esse seja um trânsito mais ameno para nós a nível coletivo, e astrologicamente, há razões para acreditar que de fato será. Como de costume, a caixa de comentários está aberta para quem quiser escrever suas impressões sobre tudo isso, trocar uma ideia e fazer perguntas também.
um abraço e até a próxima,
Ísis
O boletim meio do céu é gratuito, mas você pode se tornar um assinante pago e apoiar o meu trabalho.
Apoiadores recebem edições especiais da newsletter com conteúdos exclusivos – análises de mapas e eventos, textos sobre teoria astrológica, estudos experimentais, etc. Nesse conteúdo exclusivo, recebo diretamente as sugestões de vocês e vale tudo o que a gente quiser observar e descobrir em termos de astrologia.
Quem apóia financeiramente pode optar pela assinatura mensal (cobrada a cada mês) ou anual (pagamento único, com um descontão). Para se tornar assinante pago, basta atualizar o status da sua assinatura nas configurações da sua conta do Substack.
É importante dizer que essa Grande Conjunção de Saturno e Júpiter em Aquário de 2020 não significou que entramos no que é conhecido como “Era de Aquário”: o que estamos falando aqui é da era do ar. Depois dessa que ocorreu em Aquário em 2020, teremos conjunções em Gêmeos e Libra também, e assim serão por mais 200 anos. O que é referido como “Era de Aquário” vem de outra forma de sistematização de tempo, baseada na precessão dos equinócios. De toda forma, os cálculos desse sistema para o início de uma Era de Aquário não batem: embora sua chegada tenha começado a ser anunciada fortemente no meio esotérico nas últimas décadas, a realidade é que, dentro desse sistema de contagem, ainda estaríamos pelos próximos 400 anos na Era de Peixes. Para quem quiser se aprofundar, esse artigo é bastante esclarecedor.
BOM DEMAISSSS 🔥🔥🔥🔥
To curiosa pra ver o que saturnão vai aprontar (e um pouco tensa também né kkk). Vamo que vamo!!
Inclusive, um adendo:: você falando sobre os babados de fé e religião me deu vontade de estudar a relação deles com saturno, talvez venha aí quem sabe
confesso que tava ansiose por essa edição!
sou native de Saturno em Peixes e sei que tanto teve a Eco 94 quanto Brasil ganhando copa em 94. acho que um ponto importante a ser observado é a questão tecnológica que vai além do óbvio físico que vai dar um salto e questões de (talvez) movimentos de ruptura com capitalismo tardio? não sei, as pessoas começaram a ter mais consciência das horas exaustivas de trabalho agora nesse período final de Saturno em Aquário pra Saturno em Peixes e tá sendo quase que implementado a semana de 4 dias de trabalho em alguns países lá fora e redução da carga de trabalho. pontos a ver com Saturno em Peixes? acredito que sim, da frouxidão de algo tão rígido que levou a gente às ultimas, como você mencionou no texto.
adorei como falou de forma tão estruturada 💜