As pautas mudam com o nosso caminhar. Era o que dizia a imagem de capa da última edição publicada dessa newsletter. Foi só uma dessas frases de muro que a gente fotografa quando gosta, e vida que segue, sabe? Mas o fato é que eu gostei, fotografei e segui — e segui seguindo mesmo, nesses três meses. E, com isso, as pautas foram mudando, também.
(Reparem que não entitulei essa edição como #100, porque, bem, tenho lá meus caprichos, e achei pouco auspiscioso um número tão importante nomear uma edição assim mais rapidinha, só pra dar um oi. Então a edição #100 será próxima, todinha de previsões para o ano novo astrológico de 2024, que se inicia em 20 de março.)
Essa é, então, uma retomada suave, só pra avisar que eu tô bem viva e contar algumas boas novas. Como vocês estão? A minha vida pessoal sofreu uns bons abalos sísmicos nos últimos meses. Nesse sentido, o hiato da newsletter veio bem a calhar, para além da justificativa inicial de ter mais tempo para escrever minha dissertação de mestrado (sim, ela está escrita! Só falta defender. Risos). No meio de muita confusão, consegui pensar e decidir o que eu gostaria de fazer por aqui. Sem mais delongas, vamos às novidades?
A Meio do Céu voltou pra ficar. A publicação dela será quinzenal, sempre próxima à Lua Nova ou Cheia, trazendo previsões e apontamentos gerais sobre o cenário coletivo, à luz dos mapas da lunação vigente. Ocasionalmente, com o Ingresso Solar nos signos cardinais (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio), que inauguram as estações do ano, a edição será mais caprichada, com previsões do trimestre como um todo. E além disso, esse ano, também, pretendo convidar outras astrólogas para contribuir com essa newsletter, seja como escritoras, revisoras ou co-editoras comigo. Tudo que perpassa oráculo, astrologia e coletividade vai poder entrar aqui.
E tem mais: essa newsletter também vai ganhar uma irmãzinha, cujo nome ainda não vou revelar (eita, como é misteriosa). Sim, será mais uma newsletter, e que estará “vinculada” à essa, como uma seção à parte, opcional pra quem quiser assinar ou não. O hiato também me serviu pra perceber o prazer e a necessidade meio inevitáveis que tenho por escrever — não apenas previsões e reflexões sobre o céu que nos afeta coletivamente, mas escrever certos pensamentos que me passam na cabecinha, sabe? Eu escolhi deixá-la vinculada à Meio do Céu porque o conteúdo também vai ter muito a ver com astrologia (embora não só), mas vou poder escrever de forma mais livre e pessoal. Eu tô bem animada pra publicar a primeira edição dessa seção nova (e isso deve acontecer mais cedo do que vocês imaginam).

O que anda acontecendo, o que deve acontecer
Eu lá sou doida de escrever previsão assim, de supetão, depois de 3 meses sem olhar um mapa direito? Claro que não. Mas acho que cabe um comentário geral sobre o momento astrológico que estamos agora, e o que esperar até a virada do ano novo, em 20 de março (caso você esteja perdido: sim, para a astrologia, ainda estamos em 2023).
A primeira localização temporal importante é que estamos dentro do período relativo ao mapa do Ingresso Solar em Capricórnio, ocorrido no último 22 de dezembro. É o último trimestre do ano astrológico de 2023. O mapa desse ingresso para o Brasil não foi dos melhores, mas, de forma geral, pro mundo todo, foi bem esquisito: temos benéficos (Vênus e Júpiter) em oposição, maléficos (Marte e Saturno) em quadratura e uma condição especialmente ruim pra Mercúrio, que aparece retrógrado e totalmente engolido pelo Sol — combusto, oculto sob seus raios.
Para completar, esse Mercúrio debilitado pela retrogradação e proximidade solar se afasta de um sêxtil traiçoeiro: Mercúrio recebe Saturno, pois Capricórnio é regido por tal planeta, enquanto Saturno dialoga com ele a partir do signo de Peixes — que é a queda de Mercúrio. A configuração mercurial desse mapa é bastante danosa à esse planeta, e é significativa por estar ocorrendo bem no momento do Ingresso Solar. Isso evidencia e promete, nesse trimestre, complicações duras em relação aos assuntos mercuriais, isto é, tudo que é regido por esse planeta. Que tipo de coisa estamos falando? A imprensa e meios de comunicação, o comércio, o trânsito e transportes, a educação e o ensino básico, crianças de forma geral, figuras públicas ligadas à intelectualidade ou linguagem, etc.
Um dos fatos observados desde o início deste semestre foi o aumento de quedas, problemas ou acidentes envolvendo aviões. Quem notou isso foram os alunos das oficinas, no grupo que conversamos sobre astrologia mundana. Todas essas manchetes abaixo foram coletadas por eles em janeiro e fevereiro:
Gâmbia tem pouso de emergência por falta de oxigênio em voo para Copa Africana.
Vídeo mostra avião pegar fogo e cair em rodovia no Chile; acidente deixou 1 morto e 3 feridos.
Rússia diz que Ucrânia derrubou avião militar, fala em 'ato de barbárie' e pede convocação de Conselho de Segurança da ONU.
Avião é cercado por 'nuvem de abelhas' e passageiros esperam mais de 1 hora para desembarcar em Natal.
Avião de pequeno porte cai e deixa dois mortos na Grande SP.
Avião que caiu em MG transportava dois empresários e familiares para BH após fim de semana em chácara.
Avião de pequeno porte cai no meio de rua residencial nos EUA e ninguém fica ferido.
Isso significa que Mercúrio é o planeta que rege os aviões? Eu não tinha opinião muito formada a respeito disso, até a observação de tais fatos. Minha professora Letícia, por exemplo, já notou uma correlação interessante entre acidentes aéreos e as condições de Vênus. No caso atual, as condições de Mercúrio no mapa do Ingresso do Sol em Capricórnio (que, lembrando, são as mesmas para o mundo todo) apontam para uma regência mercurial. A princípio, é o que me parece: Mercúrio está sempre próximo ao Sol no céu (nesse sentido, Vênus também), e é um planeta que rege transporte e comunicação, afinal. Fica aí a observação para nos atentarmos mais à isso, e estudar outros mapas.
A outra observação que faço em relação à esse mapa é a posição de Saturno em Peixes na casa 6, repetindo a posição que ele estava lá no começo do ano astrológico. Num mapa de ingresso noturno, Saturno na casa das doenças é especialmente ruim na questão de saúde pública — o que temos testemunhado com novos surtos de alta de casos de COVID-19 e uma epidemia de dengue em várias cidades brasileiras. A Lunação de Aquário, iniciada em 9 de fevereiro, logo antes do carnaval, também indicava maior disseminação de doenças, como foi bem sentido na segunda metade de fevereiro (quem teve a virose macetando? Eu sim).
O aspecto mais complicado das últimas semanas até o ano novo astrológico me parece ter sido mesmo a tripla conjunção de Sol, Mercúrio e Saturno em Peixes, cujo ápice se deu ontem, 28 de fevereiro. A julgar pelo mapa acima, seria esperado mais acidentes e desabamentos envolvendo estruturas e transportes, ou grande estremecimentos (ainda que metafóricos) e mal-entendidos em cúpulas do poder político. Felizmente, nada muito dramático parece ter ocorrido até então, mas vamos seguir acompanhando. (O “sumiço” de Kate Middleton, por outro lado, é uma notícia-fofoca que tem circulado bastante nos últimos dias, e é bem significativa deste aspecto).
Enfim, agora vivemos as rebarbas da Lunação de Aquário, e o céu deste fim de fevereiro e início de março não é dos mais fáceis mesmo. A Lua Nova em Peixes, no dia 10 de março, já prepara terreno para o Ingresso Solar e o ano novo astrológico, e chega para alterar bastante o ritmo e a qualidade do céu, trazendo mais vitalidade, assertividade e ânimo. De todo modo, estamos nas últimas do ano astrológico — é tempo de moderar excessos e prevenir o corpo físico, evitar decisões apressadas e, principalmente, redobrar atenção ao que se fala e se comunica, pois a tendência é ao exagero, ao mal-entendido e à uma comunicação bruta ou confusa. Se cuidem!
Um abraço e até a próxima,
Ísis
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que bom que retornou! estava com saudades de te ler. :)
ai que gostoso uma meio do céu de novo! também amei saber que vem mais escrita sua por aí, adoro te ler. aliás, vai ter oficina o ingresso do sol em áries? :)
bem-vinda de volta! e ah, conte comigo para collabs. hihi beijo.