🎵 Para ler ouvindo a playlist Lua em Áries canta
Pouco após o amanhecer desta sexta-feira, 29 de setembro, a Lua em Áries completará uma oposição exata ao Sol em Libra: é a chegada da Lua Cheia, marcando a segunda metade da atual Lunação de Virgem.
Se o início do ciclo lunar atual falava sobre uma vagareza que nos obrigava a esperar, convidando ao exercício da apreciação e permanência no tempo presente, a chegada da Lua Cheia, por sua vez, traz uma injeção de ânimo e sede de novidade, já que as condições e o ritmo do céu são outros. Tanta vontade e ímpeto de movimento não necessariamente serão saciados da forma como gostaríamos, é claro. Estamos no trânsito do Sol em Libra — o astro-rei em queda, uma temporada de afrouxamento das certezas, perda de convicções, dispersão de energia e desestabilização de pontos de referência.
Com Sol e Marte (sob os raios solares) em Libra no ascendente do mapa dessa Cheia para o Brasil, há certo desgaste e frustração sobre o que podemos encontrar à frente. Nessa quinzena, é como se nosso olhar se voltasse para o futuro com desejo de confiança e segurança, mas sem conseguir alcançá-las, sem nem mesmo conseguir vislumbrar o horizonte, propriamente. Uma inquietude que se dá justamente pela sensação de uma cegueira sobre o caminho, sobre a indeterminação do quanto se pode sonhar, almejar, enxergar adiante.
Essas dificuldades devem se mostrar principalmente no âmbito dos relacionamentos pessoais, embora não só. O amargo que se sente tem a ver com escolhas e decisões que precisam ser tomadas e que podem vir a desagradar, gerar conflitos ou decepcionar outras pessoas; ou podem ter a ver com renunciar a algum tipo de projeto ou sonho em comum, uma expectativa compartilhada afetivamente. Há, enfim, algo que se perde e isso pode ser bastante doloroso; no entanto, pode não ser de todo ruim. Ainda pode ser difícil ver ou imaginar como essas desestabilizações podem se desdobrar de forma positiva à frente, mas isso não nos impede de querer, agir e confiar no agora.
Na verdade, me parece que essa Lua Cheia de Áries trata precisamente disso: do desafio de confiar no valor e na autoridade do que nos sensibiliza. Abrir mais espaço para a inteligência perceptiva que possuímos (também chamada de intuição), mas que é relegada a uma competência de segunda categoria, já que vivemos em uma sociedade que preza muito mais o que é puramente técnico ou racional.
Nessa segunda metade de lunação, a resposta ou o afago sobre a angústia das incertezas vêm muito mais pela via emocional, instintiva e inconsciente do que pelo caminho aparentemente mais lógico e coerente. Que a gente tenha, enfim, coragem para confiar no que sente.
Lua Cheia em Áries
previsões até 13 de outubro de 2023
O mapa dessa Cheia para o Brasil traz um período com menos aspectos relevantes, mas que “prepara terreno” para eventos mais relevantes, já que esta é a última lunação antes do eclipse solar em Libra de 14 de outubro.
A oposição entre Sol e Lua se dando no eixo das casas I e VII pode significar um momento mais frágil nas relações internacionais do Brasil, com algum cenário que se complica ou se atrasa no envolvimento com outros países, à diferença das ótimas circunstâncias das semanas anteriores. O presidente aparece numa situação de resguardo — o que não surpreende, já que fará uma cirurgia bem na chegada da Lua Cheia —, mas há sim uma maior discrição e preservação de sua imagem após seu envolvimento em polêmicas e falas controversas.
Falando em controvérsia, me parece que há algo semelhante também no âmbito do Poder Legislativo, talvez a exposição de uma figura do Congresso (provavelmente uma mulher) que aparece sob os holofotes de uma forma não muito favorável. É uma posição de evidência dúbia, que traz desgaste; isso pode se mostrar ainda mais no fim dessa quinzena, próximo ao dia 10.
As oposições de Sol e Marte com Lua também apontam para conflitos ou eventos de natureza explosiva ocorrendo no exterior. Não parece afetar o Brasil diretamente, mas é possível que algum prejuízo econômico seja sentido. As datas de maior probabilidade para acontecimentos dessa natureza são nos dias da Lua em Áries, 29 e 30 de setembro, mas também nas proximidades de 13 de outubro, devido ao alcance do trígono entre Marte em Escorpião e Saturno retrógrado em Peixes.
No mais, Mercúrio exaltado em Virgem e conjunto à estrela fixa Denebola na casa 12 tem cara de processos de justiça sobre pessoas comuns — embora eu não esteja bem inteirada das etapas desse processo, as prisões e condenações no julgamento dos envolvidos no 8 de janeiro parecem corresponder muito bem à esse posicionamento no mapa: apenas o desenvolvimento de um processo que já vem se desdobrando nas últimas semanas, mas parece que a visibilidade midiática desse tema e o clima de “arrependimento” aumentam.
Por fim, Saturno na 6 e Júpiter na 8 confirmam o queescrevi sobre o mapa do trimestre a respeito do enfraquecimento dos setores militares, visível na participação desastrosa de general Heleno na CPMI na última semana. Até o fim deste ciclo, é bem provável que tenhamos danos mais sérios à figuras militares, especialmente entre os mais velhos e de hierarquia mais alta. Vamos acompanhar.
Um abraço e até a próxima,
Ísis
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